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domingo, 4 de julho de 2010

NO VEIO DA GRAÇA, É TEMPO DE CONQUISTA - Pr. Robinson (Índia)


No “veio” da graça, é tempo de conquista.

Ex-muçulmano da ala mais radical do islamismo, aquele pastor se convertera através de um sonho onde Jesus lhe aparecera dizendo: “eu sou a sua busca, sou a verdade que liberta, somente através de mim há salvação”.
Seu pedido de visitar sua região soou na mesma intensidade do clamor daquele macedônio na visão de Paulo: “passe a macedônia e ajude-nos”.
Por ser uma região onde existe centenas de aldeias que nada sabem acerca do Salvador, seu convite foi mais que um desafio; somos impelidos a agir e assim obedecemos.
Como sempre neste verão, o calor estava abrasador. Domingo (07/05) em menos de 4 horas de Hyderabady chegamos com nosso “cavalo de aço” (Jeep estilo lander Rover), numa região que parecia não chover há anos. Fomos direto para aquela reunião que começou as 10 horas. Foram 3 horas de um misto de satisfação e incomodo; por um lado feliz e surpreso por aquelas 200 pessoas. Sentadas no chão, e, as mulheres com suas vestimentas multi-colorida, parecia um tapete de retalhos colorido no chão. Por outro lado, extremamente incomodado com aquele calor que internamente não estava menos de 46 graus. Ao olhar para o teto daquele cenáculo sentia o rosto queimando pelo calor daquele telhado de zinco. Tinha pena da minha esposa e de minha filha Samila, seu rosto parecia uma maçã avermelhada. Na minha mensagem de 1 hora, traduzida para a língua local, parecia que iria derreter-me. Vimos ali 35 crianças órfãos que moram dentro daquela capela. Sem nenhum conforto, não possuem nenhum bem, não alimentam adequadamente e todas eram felizes; era impressionante seus sorrisos constante.
Presente naquela reunião estava um pastor que fora ali para nos encontrar e nos oferecer 17 crianças órfãos. Estava intensamente interessado para que fôssemos em sua aldeia, a 10 kms dali, para nos repassar as crianças como alguém que doa alguma coisa pelo fato de estar estorvando sua vida ou preenchendo algum espaço indevido. O pastor que nos convidara apenas pedia apoio para melhorar a situação das suas 35 crianças, o segundo, literalmente, nos pedia para levar as outras 17. Isto esta em nosso coração para fazer.
Devido muitos terem vindo de longe, a generosidade daquela Igreja, oferecendo todos os domingos almoço para todos presentes, foi um momento muito bonito, onde não havia cadeiras, mesas, talheres e os pratos feito de folha de bananeira.
Ao saber do nosso projeto de anunciar a Jesus através do filme, irmãos que que viam de longe, estes nos relatavam a situação das aldeias adjacentes e nos solicitaram para ir e ajuda-los a pregar o evangelho. Com tudo isto estamos em oração intensa, buscando saber de Deus os passos que devemos dar e onde estabelecer uma nova frente de missões naquela região. Mirando naquele ex-muçulmano, não parava de pensar no que Deus e capaz de fazer quando encontra vidas despojadas.
Dali, sem minha esposa e filha, parti para a região Norte: Orissa e Bihar, viajando quase 2.000 kms. Em Orissa fomos dar apoio aos 10 jovens de familias perseguidas por sua fé, onde estão sendo preparados para subir para Bihar onde vão se ajuntar aos outros irmãos que estão na responsabilidade do charles Finney.
Em Gaya, Charles solicitou a irmos numa aldeia a uns 55 kms de Bodhgaya, onde não se chega por uma estrada normal. Foi penoso aquelas duas horas por aqueles 20 kms de “caminhos” esburacados. Entretanto, nada poderia nos dar maior satisfação ao ver aquelas 300 pessoas sedentas ouvindo pela primeira vez as Boas Novas do Evangelho. Mas, o que mais me impactou foi deixar para traz um dos nossos evangelistas com sua familia naquela escuridão densa. Um lugar onde não há como ser mais pobre, sem energia elétrica, escolas ou de bens comuns de uma sociedade normal. Aquele jovem casal que esta naquela região por 2 anos, e um verdadeiro herói anônimo dos dias atuais.
Após dois dias, estávamos numa região oposta, ao sul de Gaya. Ao iniciarmos esta pequena cruzada parecia que não havia muitos interessados em ouvir acerca de Jesus. Mas, em apenas 5 minutos após a primeira musica “Pray for India”, (ore pela Índia), de todos os lados surgiam pequenos grupos e de repente tinhamos mais de 400 pessoas agradavelmente sentados em nossas lonas de cor azul e amarela, extendidas em frente do telão.
A atmosfera estava cheia da unção de Deus; eu tinha a sensação que podia toca-Lo no ar. Aquele “cheiro de Deus no ar” criou um gozo interior difícil de se explicar. Jesus estava manifesto ali.
Ao termino da apresentação o Charles e seus obreiros ministraram a palavra com muita unção e oraram pelos enfermos. Após a oração final, todos permaneceram sentados mostrando uma atitude de “quero mais”.
Então tomei a palavra e disse ao Charles:
- “Pergunte a eles se querem que passamos o Dayasaga (Jesus crucificado)”.
- Não podemos fazer isto Robson, já e muito tarde e todos precisam ir para casa. Respondeu-me o Charles.
- Veja, todos permanecem sentados, pergunte a eles se querem saber mais acerca de Jesus; Insisti.
- OK! Robson vou perguntar. E assim fez.
Para surpresa do mais otimista, todos levantaram as mãos sorrindo.
O silencio foi total nos próximos 40 minutos. Todos estavam contritos. Houve choro, indignação com tanta injustiça, perplexidade ao verem os pregos atravessando as mãos e pés do Salvador. Na ressurreição todos pareciam aliviados e cheios de esperança em saber que Ele vive. Ao termino, ao distribuirmos os novos testamentos pareciam pássaros famintos sobre grãos de trigo.
Não nos deixaram ir embora sem o tradicional jantar em cima da lage de uma casa, no centro do aldeia, de uma familia que entregara sua vida a Jesus.
Ali, temos uma igreja local com 20 irmãos que se reúnem naquela casa.
Que pena, não podermos nos extender mais!!!
Com alegria, carinho e gratidão.     
Robson Oliveira

Bradesco
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