Há algumas décadas o mundo conhecia o Brasil por suas favelas, crianças de rua, tribos indígenas - como se eles não fossem humanos - prostitutas e futebol. Não é que nada disso acabou, mas sempre o que chamava a atenção era o lado negativo de nossa nação. Ocorre que nestes últimos 15 anos a economia brasileira se estabilizou e começou a crescer de uma maneira nunca antes vista e isto levou a mudar a forma de olhar o Brasil.
Neste tempo temos visto muitas reportagens nos jornais e revistas de alto conceito do hemisfério norte destacando vários pontos positivos de nossa nação. Inclusive chegaram a sugerir como modelo econômico. Neste tempo a igreja evangélica apresentou um crescimento astronômico que em 20 anos duplicou o número de membros. Enquanto que o crescimento no envio de missionários transculturais foi proporcionalmente para o caminho inverso. Queremos compartilhar alguns pontos que consideramos importantes para uma reflexão.
O Brasil hoje
No final do ano passado tornou-se a sexta economia mundial superando a Grã Bretanha. Devido a crise à crise européia antecipou a previsão em dois anos. Tem a maior reserva de minério de ferro, 22% da terra agriculturável mundial, auto-suficiente em petróleo e detentor da tecnologia do etanol, maior rebanho de gado, exportador de carne e grãos. O mais surpreendente é que com as grandes oportunidades a cada 10 minutos nasce um novo milionário no Brasil. É um dos emergentes que mais tem atraído estrangeiros para investir no mercado local que muito necessita de recursos econômicos para atender a demanda em todas as áreas da sociedade. Deverá ser a quinta economia mundial até 2014 e quarta em 2020.
O Brasil em 2017
Devido a cada dez minutos nascer um novo milionário a nossa pátria terá em torno de 675 mil milionários, o maior entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). Deverá produzir muitos empreendedores com visão global, pois tem crescido assustadoramente o número de jovens que tem buscado anualmente o intercâmbio internacional. Hoje já são mais de 200.000 deles que tem saído do Brasil anualmente.
O tabu nas igrejas conservadoras.
A maioria dos líderes evangélicos são conservadores, apologistas da teologia da pobreza e distorcem sobre a realidade de que o trabalho árduo, com uma vida controlada economicamente, conduz a prosperidade. Isto tem levado que:
1. A maioria dos cristãos no Brasil está endividada. 85% dos brasileiros não têm nenhuma reserva financeira.
2. Não tem planejamento pessoal e familiar.
3. Não tem conhecimento do custo financeiro dos financiamentos feitos, isto é, os juros que estão embutidos nas prestações.
4. Não tem nenhum planejamento para o futuro. No Brasil o futuro de um aposentado é muito triste, pois o salário encurta e as despesas com saúde se multiplicam. Neste tempo é que as instituições financeiras se aproveitam desta sofrida classe trabalhadora abocanhando um pouco mais do baixo rendimento mensal que possuem oferecendo-lhes empréstimos abusivos que engordam suas contas já recheadas.
O que a bíblia ensina
As Escrituras tem um exemplo muito lindo do apóstolo Paulo que viu uma oportunidade histórica, quando estava em Atenas desenvolvendo um ministério de grande influência, na cidade estratégica comerciária de Corinto e para lá se dirigiu. A cidade de Corinto estava se preparando para receber esportistas do mundo conhecido da época para os jogos Ístmicos e sabia que os hotéis não tinham capacidade de receber um tão grande número de visitantes. Diante disso Paulo abriu uma empresa que confeccionava tendas para vender aos visitantes e com esse trabalho teve uma influência tão grande entre os moradores que levou o ministro da fazenda daquela cidade/estado a conhecer o amor de Cristo, além de levar algumas sacerdotisas também. Somente no Novo Testamento há 2084 versículos relacionados à administração, contabilidade, dinheiro e finanças, enquanto que sobre a fé há 215 textos e 218 são sobre a salvação. 16 das 38 parábolas proferidas por Jesus tratam de como lidar com dinheiro e posses. Será que isto é relevante ou não para os seguidores do livro sagrado?
A realidade missionária brasileira
O maior desafio é de que missões têm decrescido assustadoramente no meio da igreja brasileira. No final dos anos 80 havia um crescimento de 12,8% no envio de missionários e no início deste milênio a taxa de crescimento é de apenas 3,5%.
O quadro estatístico mostra que a média de investimento em missões transculturais por pessoa é de R$ 1.30 por ano, portanto menos do que o valor de um refrigerante. Nós temos mais de 150 tribos indígenas sem nenhum missionário evangélico e com mais de 300.000 igrejas em nossa pátria e mais de 50 milhões de evangélicos e com uma previsão de sermos mais de 100.000.000 em 2020 com aproximadamente 50% da população.
Exemplos na história
Temos um exemplo magnífico dos irmãos morávios que adotaram tal método e o resultado é que para cada 12 membros se sustentava um missionário. A família Grinberg, Verner e Emília, amantes de missões e que doaram o terreno da base em Monte Verde – MG, a Horizontes, doaram mais de 60 carros a pastores e missionários e isto numa época que era raro um pastor possuir um carro e mais de 60 propriedades a igrejas e missões. Eles também doaram dois aviões, um a Asas de Socorro para servir aos missionários e povos indígenas na Amazônia e outro para a Missão na Bolívia que trabalha entre os índios aioreos, além de que investiram em muitos missionários e pastores.
Exemplos extraordinários dos mórmons
Foi super interessante ouvir a entrevista dada na TV por David Neeleman, filho de missionários mórmons, nascido no Brasil e que voltou a nação após concluir o segundo grau para dar o seu tempo de dois anos como missionário. Vencido o tempo de ministério, retornou ao EUA. Após a graduação se dedicou a área empresarial e foi bem sucedido na empreitada. Com grande experiência na aviação civil e consciente de que o Brasil tem um grande potencial econômico, retornou mais uma vez e nesta oportunidade iniciou uma empresa com um avião e que teve um crescimento extraordinário. Assim, a Azul se tornou a terceira empresa no setor.
O mais impressionante foi o que disse: que o objetivo principal de se estabelecer no Brasil era com o alvo de disseminar a fé mórmon. Outro exemplo extraordinário é de Carlos Martins. Um adolescente que aos 17 anos foi para os Estados Unidos aperfeiçoar o inglês e entrou em contato com os métodos de ensino de idiomas do maior centro mórmon do país. A Brighan Young University, em Salt Lake City, no estado de Utah.
Depois de um tempo como missionário em Portugal e de outro período em Utah para fazer a faculdade de ciências da computação, Martins voltou ao Brasil no final dos anos 80, como executivo de uma empresa de papel e celulose, em Campinas.
Começou então a dar aulas particulares de inglês aos colegas de trabalho na sala de sua casa depois do expediente. Aos poucos, as turmas começaram a crescer, isto devido ao melhor método de ensino aperfeiçoado pelos mórmons que mais enviam jovens dos EUA ao mundo, isto devido à obrigatoriedade de cada um dar dois anos após a conclusão do segundo grau. Aos poucos, as turmas começaram a crescer. Sua mulher começou a dar aulas também e o período da noite ficou curto para atender a todos os alunos. Em 1987, contrariando os conselhos dos amigos, Martins decidiu deixar o emprego e abrir a Wizard, apesar da época turbulenta que a economia brasileira atravessava, marcada pela escalada dos preços e por uma série de planos econômicos que não deram certo.
Em 89, estimulado por uma franqueada de Mogi Mirim – São Paulo, que está na rede até hoje, Martins, decidiu incorporar o “Wizard”ao seu nome de batismo. Virou Carlos Martins Wizard. Ao longo de 20 anos, o professor de inglês foi dando lugar ao empresário, que se transformou o maior proprietário mundial de franquias de ensino.
Dono das franquias Wizard/Fisk/Microlins, e que no início da década passada deixou as empresas aos cuidados do filho para se dedicar ao plano estratégico de levá-la a expandir no Nordeste. Com o resultado do planejamento estratégico e da dedicação desses homens, em apenas seis anos a igreja dos santos dos últimos dias apresentou um crescimento fenomenal de 460% no número de membros.
Como isso é possível? Essa deve ser sua pergunta! Em 10 anos houve um crescimento de cerca de 89% no número dos evangélicos. Por quê tal diferença? A resposta é o exemplo estratégico de David Neeleman que criou uma fundação que proporcionou 7.000 bolsas de estudos a jovens brasileiros que tem grandes dificuldades de entrarem nas universidades.
Cultura de poupar
O brasileiro ainda não tem a cultura de poupar e com os milhões de cidadãos que tiveram mudança de classe social o consumismo aumentou tremendamente. O que temos visto é que nessa compra desenfreada não se pesquisa os juros que são abusivos e que as lojas se tornaram instituições de financiamento, pois os juros estão em torno de 6/8% mensais. Muitos compradores estão pagando dois produtos em apenas 17 meses quando poderia economizar e comprar a vista o produto em nove meses de economia. Infelizmente falta orientação administrativa financeira.
Brasil o país do empreendedorismo
A idéia de empreendedorismo no Brasil atinge 12 de cada 100 brasileiros. Esse número coloca o país em 13° no ranking da pesquisa GEM 2008 (Global Entrepreneurship Monitor), junto com mais 42 países em todo o mundo. No entanto no G-20, grupo que fazem parte importantes países industrializados e emergentes pelo mundo (representando 90% do PIB mundial e 80% do comércio internacional), o Brasil tem a 3ª melhor Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA), chegando ao surpreendente número de quase 15 milhões de habitantes. Para um país de dimensões continentais e uma população estimada em aproximadamente 190 milhões de habitantes, estaríamos próximos a ter 8% dos brasileiros como empreendedores. Será que isto pode servir de base para as igrejas desenvolverem cursos de empreendedorismo em seus edifícios?
Alguns casos de crescimento extraordinário
· Entre janeiro e junho, o número de passageiros no mercado doméstico brasileiro aumentou em 19%. No mundo, essa taxa foi de apenas 4%.
· O crédito do Brasil tem crescido rapidamente nos últimos anos, a um ritmo anual de dois dígitos. Cresceu acima de 20% nas últimas leituras.
· O Brasil registra a maior expansão aérea em 2011, superando China, Estados Unidos e Europa. Os dados são da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Entre janeiro e junho, o número de passageiros no mercado doméstico brasileiro aumentou em 19%.
· O uso de computadores no Brasil continua crescendo. Se no ano passado havia 78,2 milhões de computadores em uso no país, em 2011 o número chegou a 85 milhões.
· Os carros chefes da economia brasileira são o agronegócio e a construção civil e ainda tem muito que crescer. Um por causa da demanda da China e India por alimentos e o outro é que a demanda da construção vai ultrapassar os vinte milhões até o ando 2020.
Um exemplo relevante
Se considerarmos um investimento de R$ 500,00, mensais durante 125 meses, com o menor índice em investimento, na construção civil, teríamos um milhão de dólares. O investimento na construção está proporcionando entre 4% a 6% ao mês, menos que o cheque especial em torno de 9% e o cartão de crédito 14%. É hora de treinar os jovens cristãos brasileiros para serem empreendedores, generosos e amantes de missões, numa nação emergente e cheia de oportunidades.
Um desafio pode levar a uma oportunidade
Estabelecermos uma empresa na área de construção civil com 40 sócios e com uma capital onde a maioria dos missionários não tem condições de se associar. A empresa foi idealizada com a visão de que 10% dos recursos sejam destinados para a Missão.Devido a isso vários missionários vieram a nós e pediram se poderíamos fazer algo onde eles também pudessem participar. As pesquisas mostram que 53% dos missionários não têm uma previdência. Sabendo disso e que também o INSS nunca atenderá a demanda da necessidade deles na época da aposentadoria e diante disso estudamos as viabilidades e vimos um caminho a ser trilhado e que fosse acessível a quase todos os missionários transculturais.
Uma oportunidade histórica
Em janeiro de 2010 vários missionários se reuniram nas dependências do Instituto Canzion em São Paulo para abrir a empresa VFormation e por um ano trabalhamos para abri-la no estado de Minas Gerais e em vão, pois era algo novo o projeto na JUCEMG.
No final deste 2011 reiniciamos o processo em Bragança Paulista e a empresa foi aberta com 80 cotas no valor de R$ 25.000,00 cada, mas com 125 mensalidades fixas de apenas R$ 200.00 mensais. 10% do lucro também será investido na Missão. Para ver este empresa entrando em empreendimentos grandes para aproveitar as mega oportunidades nas áreas da construção civil, loteamentos, investimentos em galpões, hotéis, reflorestamento, foi que planejamos ter o objetivo de alcançar 1000 cotas e por isso abrimos para outros que querem se juntar aos missionários e os que se interessar saber mais detalhes pode consultar o site.
Business as Mission
Este é um tipo de negócio diferenciado e conhecido mundialmente no mundo de missões como Business as Mission. Os irmãos morávios e a missão de Basiléia enviaram muitos missionários ao desenvolveram tais ministérios. A Horizontes tem um livro produzido pela Editora Descoberta Força Empresarial que traz tais experiências em detalhes e que pode muito ajudar os líderes a terem uma visão ampliada do reino.
Cuidando dos negócios do reino até que ele volte.
David Botelho
VFormation Empreendimentos e Incorporação Ltda
(035) 3438-2797
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