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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

EXECUÇÃO DE NADARKHANI É ADIADA EM QUATRO MESES

Um alto clérigo iraniano pediu que a decisão sobre a execução do pastor Yousef Nadarkhani fosse atrasada por quatro meses. O líder religioso foi condenado em 2009 à morte por não renegar sua fé cristã.
Nadarkhani foi preso em 2009 depois de alegadamente protestar sobre uma instrução islâmica na escola de seus filhos, Daniel e Yoel. As autoridades depois disso o acusaram de apostasia. Desde o episódio ele permanece prisioneiro em uma prisão.
Recentemente o tribunal do Irã afirmou que emitiria uma decisão em dezembro. Mas depois de se aconselhar com o líder supremo da religião islâmica local, que tem voz sobre o sistema judiciário, o ayatolá Jamenei, decidiram atrasar a decisão.
O Centro Americano para a Lei e a Justiça (ACLJ) disse que a medida pode ser mais uma tentativa de amenizar a enorme pressão internacional que o caso gerou. O adiamento pode fazer com que as pressões percam a força e a opinião pública esqueça a situação.
Mais de 200 mil americanos assinaram uma petição solicitando a libertação do pastor. A secretaria de estado norte-americano Hillary Clinton pediu que o Irã “liberte todos os presos de forma imediata e sem condições, incluindo o pastor Yousef Nadarkhani".
A esposa do pastor também foi detida com o objetivo de pressionar para que o religioso se convertesse. Os filhos do casal, durante esse tempo, tiveram que ir morar com parentes.
O casal chegou a receber ameaças de que seus filhos seriam retirado deles e entregues a uma família muçulmana. Mas mesmo debaixo de toda a pressão e ameaças, os dois se mantiveram firmes em sua fé.
O tribunal iraniano determinou que Yousef era um muçulmano quando adotou o cristianismo. A corte declarou que ele seria um apostata nacional, apesar de todas as testemunhas declararem que ele não praticava o Islã.

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