Seguidores

sábado, 22 de maio de 2010

Carta do Pr. Robson Oliveira líder de equipe missionária na Índia apoiado pelo CEBAM.

"Gerando, no coração, outros trinta órfãos"
Foram dezesseis horas de viagem, ida e volta; 1000 kms rodados por uma estrada perigosa, onde por varias vezes, na curva, me deparei com caminhões fazendo ultrapassagem em alta velocidade. O calor, em torno de 46 graus.
A seca, criara um cenário onde campos, montes e o horizonte a vista, em nada parecia com o exuberante verde do Brasil.
Leito de rios seco e muita poeira no ar. A face dos motoqueiros, avermelhada ou tostada pelo sol, os transeuntes moviam como desanimados e os poucos que víamos no campo pareciam acreditar que ainda havia esperança de chuvas.
Fomos recebidos como príncipes pelos parentes da Anurada, indiana, uma das obreiras da casa resgate, num grande casarão de quase 150 anos, construído pelos ingleses. As Paredes de ate 60cm de largura, portas e janelas exageradamente largas e a altura das paredes até ao telhado, dava a entender que queriam uma replica da torre de Babel.
Aquele lugar, um pouco retirado da cidade, era uma ótima opção contra a poluição sonora e do ar, o tumulto da cidade e o forte mal cheiro impregnado na atmosfera era suportável.
Estávamos naquela pequena cidade, para ver de perto a real condição dos parentes de 25 das nossas crianças que era daquela região. Pois, fomos informados que algumas delas tinham pais e mães. Indo nas casas de seus parentes, as quais ficavam nas aldeias próximas a cidade, ficamos em alguns momentos chocados com o nível da pobreza e em outros momentos felizes em saber que não fomos enganados. 90% estavam dentro da nossa expectativa de trabalho.
Entretanto, a maior surpresa foi sermos assediados em algumas aldeias por pessoas que nos trouxeram crianças para nos entregar como se fossem gatinhos de uma grande ninhada. Simplesmente nos diziam: “esta foi deixada para traz quando seu pai foi embora sem deixar nenhuma marca por onde anda”. Uma jovem mulher nos trouxe dois meninos e nos disse: “elas vivem aqui de favor e ninguém é responsável por eles, leva-os contigo”. Uma senhora vovó de duas crianças, veio de longe ao saber que estávamos ali e trouxe uma linda menina de sorriso fácil e amável e nos disse: “leva ela contigo e caso queira tenho um outro menino”. Neste caso estas duas crianças ainda tinham avó, a qual nos disse que os pais morreram.
Após 3 dias naquele intenso calor, onde dormimos ao ar livre, alias, tentamos dormir o mínimo para repor as forças e não conseguimos.
Ao cair em nosso “colo” estes maravilhosos tesouros da eternidade, os quais vimos suas faces, e, ouvindo um clamor aqui e outro ali, decidimos ir ao maior oficial do Estado na região. Este já tinha ouvido falar de nós e ele mesmo, por duas vezes, nos solicitou ajuda a algumas crianças órfãos. Este nos recebeu numa grande sala e com certa rispidez ordenou que todos funcionários e outras mulheres que estavam
ali para audiência, que saíssem imediatamente. Se ele foi deselegante com estes, conosco foi extremamente solicito e amável.
Ouvindo-nos atentamente, passamos para ele a responsabilidade de emitir um certificado de orfandade a todas as crianças da sua jurisprudência, devido termos provas de pelo menos duas famílias ter-nos enganado, entregando seus filhos os quais não eram devidamente órfãos ou, que não se encaixavam nos nossos padrões de ajuda.
Ao ver nosso interesse, conhecendo nosso caráter e seriedade, propôs ajudar nos doando um terreno para construirmos uma casa para órfãos no seu distrito. Porem, ele nos fez um desafio: “Quando vocês poderão começar este novo projeto nesta região? Me dêem uma data e logo terão o terreno no nome de sua organização”.
Pedi-lhe 3 dias para pensar. Orei e a resposta que lhe enviei foi esta: “Me entrega o terreno em nome do CFC (Conquerors for Christ), e após 30 dias iniciaremos a construção de um pequeno prédio para 30 crianças.
Queridos irmãos, acredito que Jesus não teria virado o rosto e nem se colocado apático diante de um momento ate mesmo histórico e eterno para a vida de crianças que ainda não conhecemos, mas que têem viajado eternamente no coração dEle. Ele é o Cordeiro morto antes da fundação do mundo. Eu, você e elas, somos um projeto eterno de Deus. Jesus continua tendo o coração e a visão do “Bom Samaritano”. Estes são os verdadeiros diamantes da coroa eterna do nosso Deus. O desafio deste alto oficial do governo indiano, não foi exclusivo para mim. Esta carta é uma mensageira de Deus, sinta tremendamente privilegiado em ser a resposta Dele, pois Ele escolheu-lhe e deu-lhe o privilégio de ouvir o Seu clamor. Agora, não podemos dizer que não sabíamos.
Caso tenha interesse em ajudar este projeto, favor fazer contacto comigo neste e-mail.
Minha conta pessoal, abaixo, não poderá ser usada para este propósito.
Com carinho, gratidão e sonhando com novas 30 crianças. Em breve você as conhecera, basta gera-las no seu coração.
Robson e Lucimar Oliveira
Obs: Na próxima carta tentarei passar-lhes as noticias de novas igrejas que estão nascendo nas aldeias, a construção da base missionária e da casa resgate em Bodhgaya, o treinamento de novos obreiros indianos em Orissa e uma nova e marcante viagem pelo interior
deste Estado (Andra Pradesh), onde queremos estabelecer uma nova equipe do ministério “Filme Jesus”, e implantar novas igrejas em povos onde não existe nenhuma marca da Cruz.


BRADESCO
AG. 2212 / 8
C/C: 3404 / 5

Nenhum comentário:

Postar um comentário