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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Carta aberta do Pr. David Botelho diretor da Missão Horizontes





Abrindo o coração francamente...
Queridos,


Ser transparente ou abrir o coração implica em muitas vezes nos expormos para críticas, que na maioria das vezes não são construtivas, mas a convicção nos leva a nos expormos, portanto queremos abrir o coração...
Deus tem falado ao nosso coração, será que é coração? Mente? Entendimento? Ou fígado como é pensado em outras culturas?
Devido ser um técnico, um pouco racional, prático e criterioso, tenho dificuldades de me expressar para as pessoas em geral e vou tentar dizer o que o Senhor está falando ao coração, mas expressando de forma matemática...
Entendo que hoje a missão a qual estamos comprometidos está 10 vezes mais preparada do que há 10 anos atrás, isto é, imaginando que estivéssemos no ponto referencial ‘0’ e que passamos pelos pontos 0,1 – 0,2 – 0,3 – 0,4 – 0,5 ... e chegamos ao ponto ‘1’, mas é como se Ele estivesse nos dizendo que deveríamos preparar nossas mentes para 100 vezes mais do que o ponto onde estamos, mas quais são as implicações de tudo isto?
Realmente crescemos muito nestes últimos 10 anos, isto é, em todas as áreas, tais como: mental, emocional, sentimental, visão, numérica, financeira, estrutural, pessoal, administrativa, intelectual, liderança, comunicação, conhecimento, treinamento, unidade, fibra, perseverança, etc., mas tentar esticar tudo isto ou multiplicar isto por 100 em cada área é inimaginável.
Nós somente chegaremos onde a nossa fé alcança, pensando nisto nos lembramos do texto de II Rs. 13. 14 a 19 onde fala do profeta Eliseu e do rei Jeoás que ao visitá-lo recebeu a palavra de que abrisse a Janela do Oriente onde estava o maior desafio do povo de Israel e parece que estamos vendo o mesmo paralelo em nossos dias quando olhamos para a Janela do Oriente ou Janela 10-40 do mundo muçulmano árabe. Disse-lhe também Eliseu para que pegasse o arco e as famosas “flechas do livramento do Senhor” que seriam as flechas de livramento contra os siros, ele tinha o local determinado e vitória total decretada pelo Senhor para consumi-los e recebeu a ordem de pegá-las e simbolicamente ferir a terra e ele o fez, somente foram três vezes e isto causou indignação ao moribundo profeta, pois ele poderia ter feito isto cinco ou seis vezes e que neste número seria o final do inimigo do povo de Israel, portanto era somente o dobro do que havia feito e não fez, mas pensar em 100 vezes é algo estonteante!
Cremos piamente que o maior problema deste novo milênio é o pecado de incredulidade que levou toda uma geração de uma nação a ser exterminada, mesmo tendo um líder do calibre de Moisés que não conseguiu dissuadi-los, pois haviam sido influenciados negativamente pelos 10 espias que deram um mau relatório, mesmo tendo dois que trouxeram uma palavra alentadora. O mais incrível é que a incredulidade limita até o poder de Deus, pois o próprio Jesus não pôde fazer muitos milagres na cidade de Nazaré por causa do espírito de incredulidade que dominava aquela cidade. Que tristeza!
Precisamos estar abertos para coisas novas do Senhor, Ele é criativo e suas coisas são novas a cada dia. As lutas nos fazem mais sensíveis e se soubermos superá-las nos tornamos mais fortes mentalmente; temos que nos preparar para grandes desafios, pois conduzir o povo de Israel pelo deserto não era tarefa fácil. Imagine entregar tal tarefa a um presidente do ocidente e lhe dissesse para levar três milhões pelo deserto e dissesse que seria durante 40 anos. Imaginem que ele iria dizer que não teria 1.000 hipermercados para suprir todo o povo, quantos milhões de litros de água seriam necessários, roupas, etc.. Moisés só teve cinco escusas, mas quantas seriam para os mandatários ocidentais?
O Senhor nos entregou a tarefa de fazer discípulos de todos os povos e desde que a recebemos já passaram 2 milênios e muita terra há para conquistar.
O Desafio:
- Há 24.000 povos no mundo e ainda faltam 6800 para serem alcançados.
- Há 6.909 línguas no mundo e 2.432 delas não têm nada da Bíblia.
- 85.000 morrem a cada dia sem nunca terem ouvido nada de Cristo.
- 500 milhões de chineses que nunca ouviram nem o nome de Cristo.
- Das 600 mil cidades e vilas da Índia 500 mil delas não possui um obreiro cristão.


O que temos:
- A 3ª maior igreja do mundo com mais de 300.000 templos que precisa de 100.000 crentes para sustentar um missionário dentro da Janela 10-40 e que investe em média R$ 1,30 por pessoa por ano para missões transculturais. O mais triste é saber que mais de 99 delas não tem um missionário transcultural.
Isto é inadmissível e vergonhoso e algo tem que ser feito para mudar este quadro. Creio que estamos cometendo o mesmo pecado que os filhos de Israel cometeram nos tempos de Josué, pois sete tribos foram negligentes em possuir a terra, isto quando Deus já havia dado a terra, conforme Js. 18:2 e 3. Creio que podemos chamar este pecado de Grande Omissão, conforme Tg. 4:17.
A apatia, conformismo e a indiferença moderna, são os maiores desafios dos dias hodiernos e tudo isto está dentro de nossas igrejas, mas não nos podemos conformar com este mundo, mas renovar as nossas mentes, conforme Rm. 12:1 e 2.
Ainda não consigo entender e muitos menos aceitar o que Oswald Smith, que pastoreava uma igreja que tinha mais de 800 missionários e que escreveu muitos livros impactantes, tais como: Paixão pelas Almas, Evangelizemos o Mundo, Clamor do Mundo, etc., afirmou, por experiência e muita coragem, a frase mais triste e chocante para mim como pastor, que é: “O primeiro e maior obstáculo para missões são os pastores...” Isto quando deveriam ser os mesmos a ter a incumbência de descobrir vocacionados, orientá-los, treiná-los, enviá-los aos campos não alcançados e sustentá-los dignamente, mas na prática são os que se opõem a tudo isso.
Falar em mudanças é fácil, mas na prática a coisa é bem outra, falar em mudar o outro é uma coisa, mas quando o Senhor fala para que nós mudemos é bem outra. Creio que precisamos nos preparar mentalmente para mudanças em nós. Estamos procurando trabalhar na área de negócios, imitando os irmãos morávios que para cada 12 membros tinha um missionário, com o objetivo de levantar recursos para viabilizar projeto missionários, inclusive já montamos uma construtora civil em cotas.
O que o Senhor está falando é que nossa comunidade se prepare para mudanças em nós e que Ele fará o resto. Isto implica em uma melhor administração, maior unidade, melhor preparação para receber as pessoas, maior visão, maior dedicação, mente preparada para o sofrimento, menos sensível emocionalmente com as críticas, mais perseverança nas provas, lutas, dificuldades, etc., uma unidade mais forte entre nós, ser mais abertos para ouvir a voz de Deus e mudarmos o curso da história, ter uma visão clara de ministério para nós e nossa organização e não invejar o que é bom dos outros, estarmos prontos a sacrificar nossos anelos, sonhos, visões em bem da equipe e pela expansão do Reino na face da terra, não gastar recursos, tempo, talentos em vão, aprendermos a ser pacientes com todos e vermos o melhor para o próximo, amar o próximo, etc.. Como é difícil, mas é isto que o Senhor está pedindo...
Mudamos muito, tais como fazer um seminário diferente de que o segundo ano já seria no exterior, pois mais de 97% dos formandos dos seminários não vão para missões transculturais e nossos alunos vêm com somente parte do custo necessário e o restante é levantado com recursos provenientes de literatura, vídeos, doação de alimentos, etc. Desenvolvemos um projeto de fundo comum onde todos viviam no mesmo nível e isto levantou uma força missionária latina, por meio do Projeto Radical que foi escolhido como modelo multicultural de treinamento pelo Congresso de Pattaya – Tailândia e tantas outras mudanças foram introduzidas, mas o que nos implicará as próximas mudanças?...
Ficamos pensando se é coerente fazer um projeto em 2.010 para 120 pessoas para a Ásia, isto se tivermos os candidatos preparados, mais os obreiros, que precisamos no mínimo uns 30 voluntários, realmente não é coerente, pois não temos estrutura suficiente para recebê-los, não temos recursos suficientes para tal empreitada, pessoal suficiente para treiná-los, etc., mas não temos alternativas, alguém tem que fazê-lo, pois é ordem do Senhor que devemos fazer algo para levantar uma força aos não alcançados.
Louvamos a Deus pela parceria ampla que foi feita com um pessoal da Ásia – região com a maior população do planeta e com a maioria dos povos menos alcançados pelo Evangelho, com a maior quantidade de línguas sem nada da Bíblia e que é o centro dos três maiores blocos religiosos depois do cristianismo: islã, budismo e hinduísmo – Queremos recrutar, treinar, enviar e apoiar um contingente de 120 jovens para estudarem em universidades desse continente.
Receberemos os candidatos com um Salário Mínimo (R$ 465,00) mensalmente e trabalharemos juntos com os candidatos, pastores e internacionalmente, para levantar os outros dois salários durante o treinamento. O projeto é de sete anos, sendo dois na América Latina e país de língua inglesa e os cinco anos restantes em universidades da Ásia. O projeto proporcionará ao candidato, a oportunidade de ter uma formação bíblica, missiológica/transcultural, formação universitária no exterior, língua inglesa, espanhola e uma língua asiática. Contato (uniasia@mhorizontes.org.br)
Você já imaginou se cada igreja brasileira com 100 membros enviasse um missionário preparado, o sustentasse dignamente e o enviasse para os povos não alcançados?! Isto seria uma revolução e é algo que o mundo inteiro espera e que é o desejo do Senhor. Você já imaginou termos bases de treinamento em todos os países da América Latina e levantarmos 10.000 missionários? É isto muito grande para o Senhor? Os textos fortes que têm nos tocado são: Hab. 1:5 (Vede entre as nações e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos, porque realizo em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando vos for contada.); Jr. 33:3 (Clama a mim e responder-te-ei, e anunciarei coisas grandes e ocultas que não sabes.); Jo. 14:12 (Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai.); I Co. 2:9 (Mas como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviram, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.); Is. 54:2,3 (Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam, não o impeças; alonga as tuas cordas, e firmam bem as tuas estacas. Porque transbordarás a mão direita e à esquerda; a tua posteridade possuirá as nações, e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.); Lc. 1:37 (Pois para Deus nada é impossível); Joel 2:9-11 (Assaltam a cidade, correm pelos muros, sobem às casas, entram pelas janelas como o ladrão. Diante deles treme a terra, abalam-se os céus, enegrecem-se o sol e a lua, e retiram as estrelas o seu resplendor. O Senhor troveja diante do seu exército; muito grande é o seu arraial e poderosos são os que executam a sua palavra. O dia do Senhor é grande e muito terrível, quem o poderá suportar?).
Quais são as áreas que devemos mudar? Qual seria a tua contribuição? Qual o complemento daquilo que o Senhor está falando para a nossa comunidade e que Ele está falando contigo e que pode ser parte deste material? Quais seriam os passos para alcançar o que o Senhor quer de nós? Portanto nos ajudem, pois esta palavra não é somente para uma pessoa, mas para uma comunidade...
Clamando por misericórdia, sabedoria e graça do Senhor para fazer a vontade do Mestre.
David Botelho
Horizontes América Latina
Diretor

domingo, 18 de outubro de 2009

Ajudando a evangelizar a Guiné-Bissau / África

A paz,

Queridos amigos e parceiros.

Quando ainda estávamos no BRASIL escutei um mantenedor dizer algo para mim ”Se vocês não falarem nunca saberemos que vocês estão precisando de algo”. 
Recentemente DEUS me fez lembrar estas palavras trazendo ao meu coração FÉ em escrever este pedido, e arrancou todo o receio do meu coração em estar escrevendo para você. 
Estamos há um ano e quatro meses em solo africano trabalhando no quinto país mais pobre do mundo, e dedicar-se a este país exige de nos trabalho dobrado para vermos algum fruto. 
O que quero dizer é que estamos trabalhando todos os dias sem descanso, incluindo alguns sábados que é nossa folga para servir algo ou alguém. 
Falo com satisfação e não há em nossos corações arrependimentos, mas é visível que precisamos de férias. Estamos cansados e a luta travada aqui é física e espiritual. 
Também existe a questão da saúde no país que não nos proporciona fazer nenhum tipo de exame e queremos dar uma olhada na nossa saúde. 
A minha oração é que eu possa estar compartilhando este pedido com pessoas que acompanham o nosso trabalho e que entende que missionário chega um momento que precisa de descanso. 
Poderíamos estar produzindo mais se não tivéssemos tão cansados.  
 Então tivemos pensando, orando e somando os valores para uma viagem até o país vizinho que é Senegal um país aonde poderemos descansar e fazer exames e chegamos a conclusão de que o custo da viagem, vistos no passaporte, hospedagem, alimentação, exames e passeios quase chegaria o valor de irmos ao Brasil. 
Teremos um período de férias entre 28 de novembro a inicio de janeiro e queremos conseguir as passagens para o Brasil de férias, não será um tempo de dar retorno as igrejas, mais de descanso aonde iremos rever nossas famílias, amigos e fazer exames. 
Se conseguirmos fazer isto nossa proposta é ficar mais um ano em Guiné-Bissau.  
 Sei que você sempre contribui para enviar missionários, mas que tal desta vez ajudar o missionário a não ir mais a voltar por um período de descanso? 
O custo da passagem fica R$2.000,00 reais por pessoa incluindo ida e volta pela empresa turklains. 
Se você deseja contribuir com este desafio é muito importante que você nos envie um e-mail falando que seu deposito foi feito para esta viagem, se você não fizer isto acharemos que sua oferta é para o nosso sustento aqui, se você deseja ajudar e não possui o numero da conta nos mande um e-mail falando que deseja possuí-la e assim te enviaremos o numero da conta. 
Talvez você não tenha grana para ajudar mas você é influente e pode mover outras pessoas para nos ajudar através de você, compartilhe com outros, faça um almoço na sua igreja, arrecade uma oferta no seu grupo pequeno e pouco a pouco conseguiremos. 
Nestas duas próximas semanas estaremos indo para a ilha de SOGAN, junto ao povo Bijagu e espero que quando retornarmos tenha boas noticias através de seu e-mail

DEUS ABENÇOE E DESDE JÁ OBRIGADO!

Missionários Israel e Thalita leme.
12 de outubro de 2009

ERRANTES PELOS ANTROS DA TERRA


Visualise uma família equilibrada, que possui os bens comuns de uma sociedade moderna (carro, moto, eletrodomésticos e moveis comuns do lar). Uma casa modesta mas, que sempre teve seu celeiro cheio. Filhos estudando, trabalhando, casando-se, vestindo-se... Seu patrimônio, principalmente terras, provindo de seus antepassados que sempre viveram naquela região. Geração de pessoas de renome, onde terras cultivadas é a essência da vida deles. Entretanto, seu maior valor, patrimônio eterno, também passado de pais para filhos, têm em comum a fé no filho de Deus. Alguns cultivando seus cultos familiares e de casa em casa partiam o pão, outros, compartilhando sua amizades, irmandade e comunhão em suas denominações. Famílias onde a estabilidade e a segurança nada podia abalar seu presente e jamais pensariam que a calamidade os abateriam no futuro.
Assim eram os cristãos de Kandamal. Uma sociedade produtiva e rica, comparada aos padrões da maioria das populações de aldeias e de cidades pequenas. Eram os nobres da terra e os intelectuais. Eram diferenciados por seus padrões morais, invejados por serem prósperos e também odiados por cultuarem um único Deus.
Seus pastores, homens consagrados e fervorosos. Admirados por suas retórica, líderes influenciadores, carismáticos e de boa reputação. Moravam na região mais evangelizada de Orissa. Era comum grandes cruzadas com 5, 10, 20 mil pessoas. Diante destas multidões, nos palanques, rádios e tv local, ostentavam suas medalhas e o estrelato de seus uniformes. Para as ovelhas comuns, alguns acessíveis, outros, bastante ocupados e de difícil acesso. Como senhores feudais eram os coronéis cristãos em seus “limites tribal”. Longe de mim julgar suas motivações mas, sem nenhuma excessão, todos trabalhavam, "cada um na sua visão", o motivo era a expanção do Reino de Deus. Projetos de construções estavam em andamento, espaços cada vez maior na rádio e TV.  
Repentinamente o chão fugiu de seus pés, atônitos, sentaram no pó e na cinza. Emudecidos, seus largos sorrisos tornaram em pranto. Saídos do meio do fogo, suas vestes ainda cheiram fumaça.
Assim, o inferno mudou de endereço, seus portais foram abertos e 55 mil cristãos foram cirandados, abatidos e mutilados. Foi talvez o pior ataque promovido contra a Igreja nos tempos modermos. Não há aqui espaço para detalhes mas, foi uma perseguição onde mais de 100 mil hindus, em uma sequência e ordem cronológica que parece não ter lógica, inspirados e comandados por líderes políticos e religiosos. A fúria de Satanás, usando a vida destes homens, foi tamanha e tão bem orquestrada que, ainda hoje, não há explicação pelo êxito e dimensão.
Sessenta e cinco irmãos morreram de imediato, outros morreram dias ou meses depois, devido os ferimentos. Todas suas casas foram destruídas, mataram todos os animais, queimaram seus campos e seus celeiros. Seus bens foram saqueados, as escolas cristã destruídas, seminários e pequenas ou grandes Igrejas levadas ao chão. Os jovens cristãos foram proibidos de entrar nas escolas, perderam seus empregos, suas motos e carros foram destruídos. Até orfanato, com duas crianças que não conseguiu sair a tempo, morreram queimadas.
Devido a falta de segurança e conselhos de “bons hindus”, não nos foi possível entrar para o mais interior da região. Mas, o pouco que vimos era de arrepiar o coração. Mais de 200 aldeias foram afetadas e algumas milhares de casas; na filmagem que temos, vemos aldeias inteiras em chamas.
Estivemos num acampamento improvisado pelo governo, onde havia uns 5 mil, restaram apenas uns 400. São 15 acampamentos destes onde tem ainda umas 5 mil pessoas. Não há energia elétrica, comida regular, banheiros, água potável, médicos, remédios, hospitais e nem lenha para cozinhar. É fácil estas famílias retornarem para suas aldeias e suas terras, apenas devem negar a Cristo e refazerem o batismo de retorno ao hinduísmo. A questão ficou tão grave que, agora é uma questão de honra todos em cada aldeia não permitir seus retornos, a não ser negando a Cristo. Estou aqui ao meio de uma grande celebração aos ídolos: O primeiro ano da vitória dos hindus contra os cristãos.
Quem imaginaria que a calamidade os abateriam de súbito; onde havia paz e prosperidade veio repentina destruíção. Será que foram abatidos por serem mais pecadores do que o “Israel” do Brasil? Todos são unâmines em dizer que levar Jesus a outras tribos e região na Índia não faziam parte de suas vidas. Todos são frutos de vidas que se deram para missões, existem aqui vários túmulos destes heróis da fé. Entretando, viviam na delícia do mel, do vinho, da gordura, da manteiga e do leite das ovelhas. Nenhuma atitude sacrificial, não lançaram novos fundamentos e nem fizeram amigos os quais os poderiam servir agora e depois serem recebidos com júbilo nos tabernáculos eternos. Agora, abatidos, seus rebanhos foram dispersos. Até o martelo, a pá e a enxada, usados nas ampliações dos “templos”, foram roubados e toda “torre de Babel”, abandonada, é agora refúgio de animais do campo. Dispersos, cada qual fala uma diferente língua; estão espalhados por varias partes da Índia.               
Sentados à “beira do caminho”, buscam desesperadamente ajuda. Muitas, ovelhas e pastores estão doentes. As favelas nos arredores da capital, Bhubaneshwar, com seus novos moradores, é um rolo compressor encrostado de mais e mais miséria. Por algumas vezes me reuní com grupos destes pastores, todos morando de favor, compartilham um quarto para duas famílias e não têem dinheiro nem para pagar este aluguel.
Nunca a Igreja de Atos foi tanto missionária como nos dias de perseguição; não acredito que foi punição de Deus. Nunca a Igreja de Orissa falou tanto ao mundo como nestes dias de perseguição; não entendo como um castigo de Deus. Mas, todos nós pagaremos um certo preço por permanecermos no nosso casulo. Não cumprir o IDE que Jesus nos ordenou é negligência, é omissão de socorro e desobediência. Então Deus será obrigado a nos levar “ao deserto” e ali, cada qual em sua “caverna”, ouvirá a voz de Deus no coração. Isto também é amor.  
Pela graça de Deus, a Igreja que está em BH, liderada pelo José Maria e o Carlos, foi levantada pelo Espírito Santo para abençoar nossos irmãos de Orissa. Centenas estão sendo assistidos medicalmente. Quarenta jovens, filhos destas famílias estarão a partir da segunda semana de Setembro sendo discipulados, treinados por um determinado tempo e depois enviados como missionários para algumas terras onde Jesus não é conhecido. Aquilo que seus pais não fizeram, estão comprometidos em fazer: Levar Jesus onde ele não é conhecido. Está é a genuína face do verdadeiro adorador; a nova geração de apóstolos e profetas. Ainda há tempo de cantar e adorar fora dos muros de Jerusalém. O deserto nos espera, levados pelo vento do Espírito, ou, chorando em nossas cavernas. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Mc. 16:15.

Robson Oliveira

Bradesco
Ag. 2212 / 8
C/C: 3404 / 5

ENCHENTE NO CAMBOJA

Notícias do Projeto Meninas do Camboja

Queridos pastores,
 
Recebi agora pouco um email do Pr. Gilmar informando que o Camboja está sofrendo demais com a forte chuva.
Apesar de ser um período de chuva, os própios cambojanos estão assustados, pois está chovendo de uma maneira anormal.

Siem Reap, que é a cidade que eles estão, está totalmente alagada, o rio que corta a cidade transbordou.
Em virtude disso, o comércio está fechado. Pr. Gilmar, quando viu que isso poderia acontecer, fez um estoque de alimentos que deve durar duas semanas. Mas, não conseguiu estocar água. Ele acabou comprando água de uma vizinha que tinha um pequeno estoque e ficou sensibilizada por causa das meninas.

Em anexo, estou encaminhando algumas fotos que ele enviou, de um dia que ele conseguiu sair de moto nos lugares que estavam menos cheios.

Durante dois dias eles ficaram sem comunicação nenhuma. Hoje a internet retornou de forma lenta. Telefone e energia também estão funcionando de forma precária.

Muitas famílias dos vilarejos afastados estão vindo para as cidades com medo que a situação piore, isso tem causado bastante confusão.

Apesar de tudo, ele falou que agora tudo está mais tranquilo.

Vamos orar para que o tempo melhore, não só no Camboja, mas em toda  Ásia e arredores.
Obrigada irmãos!

Assim que receber mais notícias repasso para vocês.

Deus os abençoe, no amor de Cristo,

Adriene
comunicacaomeninasdocamboja@gmail.com
--
Adriene
Comunicação Meninas do Camboja
(11) 8626 6535

BANCO BRADESCO
MCM GILMAR
AG.1633-0
C.C 23553-9

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Notícias da Índia - 19.08.09

Que noite nostálgica! No silêncio, muitas perguntas.
Apos viajarmos 1 hora por uma boa estrada, entramos numa estrada ruim que dava acesso a algumas aldeias. Trinta minutos depois avistamos o nosso alvo. Mas, não havia como chegar com o carro e equipamentos. A solução foi entrar pelos campos e com as mãos ajudar a remover torrões, abrir caminhos improvisados, descer e subir lugares íngremes e acreditar no nosso valente “cavalo de aço”. Esta não era a nossa primeira aventura em fazer caminhos e pela graça de Deus, apesar de muitos perigos, não sofremos graves acidentes.
Chegamos. A noite estava muito quente e suávamos muito. De repente vimos tantas crianças que era difícil acreditar que pertenciam apenas aquela pequena aldeia. As pessoas pareciam ter vergonha de nós, não se aproximavam. Era 6:30 da noite e muitos estavam estirados em camas feita de cordas, esteiras, outros dormindo em chão batido. Todos estes estavam doentes; soubemos disto quando fomos orar por alguns.
Eram em extremo pobres, magérrimos, doentes, seminus, todos analfabetos, pareciam terem saído dum campo de concentração (note bem nas fotos). Ao darmos inicio ao filme ninguém sentou-se nas lonas que estiramos em frente ao telão. Apesar dos nossos apelos poucos vieram a frente, preferindo ficar assentados mais ao longe. Eram uns 300. O silêncio era total, e muito lentamente notei alguns tímidos sorrisos. Perto do final pareciam descontraídos e comentavam alguns episódios do filme.
Perguntei aos obreiros:
- Quantas oportunidades este povo teve de ouvir estas Boas Novas?
Ramesch foi enfático:
- Nunca antes ouviram falar de Jesus.
Perguntei novamente:
- Na sua avaliação, quantas vezes mais eles terão esta oportunidade de ouvir através de outros?
- Por certo irmão Robson, esta foi a primeira e será a última.
Sentei-me ao longe, tirei algumas fotos. Senti um pouco confuso, triste, frustrado por não poder dar seguimento aquele trabalho. Pois, tínhamos diante de nós outras 12 aldeias que esperavam ansiosamente pela nossa chegada.
Chamei num canto o meu amigo e disse-lhe: “Concordo com o que você disse, então temos que pregar abertamente, desafiá-los a aceitar a Cristo e crermos que o Espírito Santo cuidará deles”. Concluí repetindo o que está escrito em Rm 10:9,10,13: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentro os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Ramesch deu um sorriso de satisfação sabendo que para serem salvos não precisavam saber ler, nem serem conhecedores da Bíblia e, se outros não fossem ali novamente a decisão deles seria selada pela fé. Aquele seria o dia de muitos, único e histórico, que ecoaria por toda eternidade.
O suor que ensopava minha camisa e os malditos mosquitos que só escolhiam a mim para picar e perturbar, não foi capaz de tirar o meu intenso gozo no Senhor. Me revesti da alegria do senhor e de um profundo privilégio de ser um canal, uma ponte da graça e da misericórdia de Deus, para novos herdeiros do reino celestial.
Nas palavras finais, Ramesch os desafiou em aceitar, ou não, a mensagem da Cruz, foi exposto diante deles e, pela graça de Deus, minha dúvida é saber de alguém não O aceitou em seus corações.
Apesar de tanta pobreza, a generosidade que algumas destas famílias nos evidenciaram, foi em extremo abundante. Nos oferecerem o que tinham de melhor para comer; muito provável, aquela era uma oferta da viúva pobre. Com isto Deus foi glorificado em louvor e ações de graças.
No domingo que se seguiu alguns desta aldeias, levaram 2 horas para o encontro de todos os domingos na Igreja de Bodtgaya.
Dali, fomos em outras 12 aldeias, num arrastão de 12 dias seguidos.
Vi brigas de três líderes que disputavam no “berro”, onde o filme “Jesus” seria passado, cada um brigando por seu povo. Vi grupo de mulheres chorando quando Jesus foi levado para Cruz; outros expressavam um largo sorrido ao vê-lo ressurreto. Pessoas caminhavam até 10 kms para conhecer a história de Jesus; muitos nos convidaram para também irem em suas aldeias, mas, continuarão lá, esperando pela revelação dos filhos de Deus. Nestes últimos 13 dias consecutivos, tivemos uma media de 600 pessoas em cada apresentação, expulsamos muitos demônios e muitos foram curados de varias enfermidades.
É tempo de chuvas, saíamos com chuva intensa, mas, onde “montávamos o nosso acampamento”, em todo derredor chuvia, mas nós conseguíamos ver as estrelas. Neste tempo as estradas são usadas apenas por trator, carros de bois ou cavalos. Para chegar a estes povoados atravessamos riachos e lagos de lama; por algumas vezes gastamos até duas horas para rodar 20 kms.
Mas, nada neste mundo e tão compensador quando em plena noite, (22.00 – 23.00 horas) famílias competiam, argumentando-se entre eles ou nos deixando livre para decidir para qual casa iríamos comer nossa última refeição. Em todas as aldeias se levantou famílias que não nos deixaram ir sem antes nos abençoar com suas apimentadas comidas.
Sempre eram muito especiais nossas últimas orações por estas famílias e por vários que se agregavam a nós na nossa despedida.
Os cento e vinte irmãos da Igreja em Bodtgaya, onde Ramesch é pastor, vêem destas e de outras aldeias, por onde também passamos.
Pela graça de Deus, na liderança do Charles Finney, estão congregados outros 130 irmãos, da região de Gaya, os quais também se reúnem nas casas, nestas aldeias. Debaixo da sua liderança tem outros 10 evangelistas, que vivem de tempo integral, os quais estão abrindo novas igrejas por onde temos ido. O alvo é que cada um destes 10 iniciem 5 novas igrejas nos lares nestes próximos 16 meses.
Pela graça de Deus, a casa Resgate de Bothgaya também é uma realidade, onde temos uma casa e um casal de indianos com 4 órfãos vindos destes contactos. Nosso alvo é cuidarmos de 30.
Na próxima carta escreverei acerca da assistência aos santos, da Igreja perseguida de Orissa, onde dezenas deles, pela graça de Deus, têm sido assistidos na área da saúde. Tenho tido o privilégio de também estar ali com eles e ser tremendamente renovado e avivado na minha fé por estes valentes guerreiros desta geração.
Ao ler esta carta, o Espírito de Jesus lhe levantará em vários e específicos pontos de intercessão por nós e por esta obra.
Juntos na extensão do Reino de Deus!!!

Robson Oliveira
Bradesco
Ag. 2212 / 8 (digito)
C/C. 3404 / 5 (digito)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Três anos do Projeto "Índia/Bihar"

Quantas Bencãos Conta Quantas São…

Três anos do projeto “India/Bihar”. Grandes coisas o Senhor tem fez por nós, por isso estamos alegres. Foi muito além do que haviamos pensado ou crido, as obras que nosso Deus tem feito neste norte da India. Apesar de sermos tão poucos e quase insignificantes, diante de uma imensa seara, somos testemunhas oculares e nos tornado participantes das mesmas experiências da multiplicacão dos pães. “…porque para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos”. I Sam 14:6b.

Entramos no nosso quarto ano deste maravilhoso sonho, em ver esta região, especificamente Bihar, com populacão em torno de 82 milhões de almas, sendo alvo de um intenso foco da Igreja.

Bihar, a partir de agora, jamais poderá ser rotulada de: “Cemitério dos Missionários” e nem conhecida por: “Terra do Gelo, das Pedras e do Fogo”. Desta terra, antes estéril, os lirios tem nascido e a flor de Saron tem brotado. A permanência dos “enviados da Igreja”, e por que não dizer os do Brasil, por 3 anos, execedeu em mais de dois anos a permanência de estrangeiros ou até mesmo de indianos nesta região.

Parte da nossa equipe está agora de férias no Brasil, quatro novos chegaram; outros 18 indianos estão na nossa supervisão, incluindo os 10 evangelistas de Gaya. O povo está aberto e sedento pelas “Boas Novas”. Em tudo isto está o poder Naquele que age através da oracão e Jejum.

Os primeiros 18 meses, foram de intensa batalha espiritual, amarrando o valente, quebrando e anulando toda resistência nas regiões celeste. Foi apenas romper nos ares para vermos os frutos brotarem na terra onde pisamos. Tudo que impedia o avanço da Igreja foi anulado. Realmente, os portais do inferno não podem provalecer contra à Igreja. Neste Segundo ano de proclamacão e semeadura, nosso alvo é atingir, além das 80 que foram evangelizadas, outras 100 aldeias. Consequentemente serão centenas de novos na fé e dezenas de futuros obreiros.

No próximo ano teremos duas equipes trabalhando e semeando sobre os “montes”, com mine-cruzadas através do filme “Jesus”, por regiões nunca antes explorada pela Igreja.

Pela graça de Deus e atuação maravilhosa do Espírito, abrimos quatro casas resgate para orfãos, crianças e adolescentes em situacão de risco e abuso. Uma delas em Bihar (Bodtgaya), patrocinado pelos irmãos da Igreja em Fall River-MA-USA e entre o povo Kóia pelo pastor Jorge Mello (Igreja da Promessa no Canadá).

Temos treinado dez obreiros biharis os quais já são as colunas da Igreja neste estado. Estes já implantaram 7 igrejas em suas localidades e no decorrer dos próximos 16 meses cremos que teremos outras 43 igrejas nos lares, cinco por cada um destes dez. A Igreja do Brasil tem respondido ao apelo e estes irmãos estão sendo assistidos financeiramente.

A Igreja em Bodtgaya é uma realidade maravilhosa, já somos uns cem irmãos. Hastiamos a primeira bandeira da cruz e já podemos vê-la sendo soprada pelo vento do Espírito para várias direcões. Estar a Noiva, adornada de finos apetrechos e assediada por seu Noivo, nesta terra antes estéril, estará crescendo na graca e em número e à espera do Cordeiro na “Terra que Mana Leite e Mel”.

Em Setembro iniciaremos um treinamento para quarenta jovens do Estado de Orissa, filhos das famílias que foram expulsas e expoliadas dos seus bens, dos quais 60 irmãos foram mortos. Estes jovens estarão conosco por um periodo de três anos, onde serão discipulados e preparados para o ministério. No inicio farão a ETED (JOCUM) aqui na India. (três meses teórico e dois prático por terras não evangelizadas). Graças a Deus pela Igreja no Brasil que está patrocionando todos estes futuros apóstolos nacionais.

Se você ler está carta novamente, acredito que você discernirá e processará melhor as muitas bencãos que estão entre linhas, e assim brotará da sua alma um singular “Deus seja louvado”.

Alguns dizem: “Missões está no coracão de Deus”, no entanto eu diria: “Missões é o oxigênio de Deus”.

Com intensa alegria e imensurável previlégio de, juntos, trabalharmos na seara do Grande Rei. Que coisa maravilhosa, vê-lo nesta fileira!!

Robson Oliveira


Alvos de oracão:

- *Pela nova casa resgate que abrimos em Bodtgaya para Deus nos enviar as crianças segundo a vontade dEle.

- *Pelos novos obreiros brasileiros: Sandra, Denis, Josafá, Hitielly e Nivea (estes 3 ultimos já estão na India).

- *Pelas novas Igrejas que estão sendo implantadas e pelos 19 obreiros nacionais que trabalham conosco.

- *Pelos futuros 40 discípulos que iremos preparar para atingir regiões não atingidas pelo evangelho.


Bradesco

Ag. 2212 / 8

C/C: 3404 / 5






quarta-feira, 4 de março de 2009

O início

A cerca de 10 anos o Senhor plantou no coração de uma família o desejo de fazer missões apoiando financeiramente aqueles que estão na linha de frente da Grande Comissão (Mt. 28:19 e 20).
Hoje atendendo a direção do Espírito Santo este ministério amplia sua área de atuação através da criação do Centro Brasileiro de Apoio a Missões!
Junte-se a nós!
Venha fazer parte desta equipe que ama a Jesus e ama todos aqueles que ainda não encontraram em Jesus, o caminho, a verdade que liberta e a vida!(João 14:6)