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sábado, 16 de julho de 2011

A DOR E A CONVICÇÃO MISSIONÁRIA

Vocacionados dão seus relatos emocionados. Leia e os ajude
Sete missionários brasileiros, representando quatro famílias. Rostos radiantes: voltar à terra natal após 3 anos era de uma satisfação imensa. Enquanto os filhos – ainda mais evidentemente felizes – corriam e brincavam numa algazarra contagiante, os missionários ouviam e respondiam perguntas sobre suas tristezas e alegrias.
Eles trabalham em países de difícil acesso ao Evangelho, com instabilidade política, social e religiosa. Estão de férias no Brasil por três meses. Se encontraram no dia 13 para uma refeição comunitária com amigos e intercessores enquanto participam do Encontro de Restauração para Missionários, promovido pelo Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa (MG).
Foram honestos em reconhecer que a sensação de inutilidade (por ainda não conseguirem falar a língua local tão bem ou por serem restringidos pela cultura) é uma das maiores tristezas. “É angustiante não poder falar abertamente do Evangelho”, disse uma missionária. Por outro lado, cada pequena vitória é de grande valor. Esta mesma missionária conta, com alegria, que começou a visitar mulheres de uma favela do Paquistão e as ensinou a costurar, com máquinas de costura doadas por cristãos brasileiros.
Um missionário que mora na Índia narrou o interesse surpreendente do um morador da zona rural que logo no primeiro encontro pediu para estudar a Bíblia em sua língua local, e que continua buscando mais Jesus.

Com lágrimas dos olhos, uma missionária narra como sua filha, de 11 anos, sofreu bullying em sua escola na Índia. Em seguida, a missionária sorri e diz que a filha superou os obstáculos e foi destaque em uma olimpíada escolar estadual. “Nossos filhos não escolheram estar conosco, mas eles fazem parte da nossa equipe. Ficamos mais felizes quando sabemos que vocês oram por nossos filhos do que até mesmo quando oram por nós”, conta. Com otimismo, seu esposo diz: “Ser missionário não é fácil, mas não é um bicho-de-sete-cabeças”.
Um missionário do Sudão desabafa: “não estou com saudades de lá”, para em seguida afirmar que voltará ao país. “Estávamos cansados, e retornar para cá e reencontrar a família, os amigos, a igreja é muito bom. No entanto, quando chegamos aqui, percebemos que as perspectivas mudaram. Nossos amigos mudaram”. Sobre as dificuldades de trabalhar como missionário transcultural, ele afirma: “O Evangelho lá não existe, mas relacionamento existe”.
Uma missionária que trabalha no Egito confessa que há mais de 12 anos trabalhando, é a primeira vez que a família consegue ter um tempo de férias realmente planejado. “É muito melhor. Estamos menos estressados e sabemos aonde iremos e quando voltaremos”. Seu esposo diz que foi muito difícil estar diante de tantos problemas sociais e discernir como ajudar. “Tivemos que ter certeza do foco de Deus para nós diante de tantas dificuldades. Decidimos trabalhar com um dos grupos mais pobres: os refugiados”.
Antonia Leonora van der Meer (Tonica), uma das organizadoras do Encontro de Restauração para Missionários do CEM, escreve em seu livro Missionários Feridos: 
“A vida missionária é um privilégio. Porém, é uma carreira que tem um alto custo. Há muitos desafios, o estresse está sempre presente e com freqüência envolve sofrimento. Por isso, os missionários precisam de compreensão e apoio amoroso.” 
“A maioria dos missionários brasileiros recebe pouco cuidado pastoral. As igrejas esperam que seus missionários sejam pessoas especialmente capacitadas por Deus, que apresentem grandes histórias de sucesso. Porém, há missionários deprimidos por causa de experiências dolorosas no campo, por causa de problemas em sua equipe ou por serem confrontados com situações de guerra ou morte.”
FONTE: CREIO

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